Enquanto esperam pelo começo do show, tudo é motivo para gritaria. Quando a banda passa em uma van e Fiuk dá um tchauzinho da janela, algumas das fãs chegam a chorar. Para realizar o sonho de ver o ídolo de perto, muitas tiveram que convencer os pais. Ivani Pauline, 35 anos, levou a filha, Raphaella Torres, 13, e a sobrinha Larissa Nunes, 12. “A gente tem que fazer a vontade delas”, diz Ivani, admitindo que nunca havia escutado a banda Hori com atenção.

As primas Larissa e Raphaella ao lado das amigas Juliana e Elis
As primas dizem ser fãs da Hori desde antes do estouro de Fiuk em “Malhação”, que deu mais visibilidade à banda. “Eu gosto do estilo dele”, diz Raphaella. A Hori é a banda preferida, mas a coleção de CDs ainda tem espaço para outras bandas do chamado “rock colorido”, como Cine e Restart. As fãs mais velhas, porém, admitem: “Só sou fã do Fiuk”, diz Paloma Andrade, 15 anos, que foi ao show acompanhada da irmã, Patricia, de 17, e de mais duas amigas. “Acho ele um gato”.
Antes de subir ao palco, Fiuk confessa estar surpreso com a recepção da banda. Enquanto passavam o som, os portões ainda fechado, ele ouviu o público cantando tudo do lado de fora. “Foi até uma surpresa, um lugar que tem muito axé…”, comenta, se dizendo grato. Atencioso e educado, Fiuk parece em real sintonia com suas apaixonadas fãs e confessa que a internet ajuda a manter um contato mais próximo. “O twitter é uma ferramenta muito legal, proporciona um contato quase cara a cara (com as fãs). Leio tudo que elas escrevem, elas lêem tudo que eu escrevo. Eu digo sempre o quanto amo elas”.

A Hori segue em turnê pelo Brasil até o início de 2011
Durante o show, ouvindo coros de “Fiuk eu te amo” o tempo todo, o cantor agradece. “Sabiam que sou muito criticado porque digo que amo vocês? Não ligo. Quem diz isso é quem não tem gente especial como vocês”. Perguntado sobre uma briga que teve, também pelo twitter, com o vlogger Felipe Neto, Fiuk classifica o episódio de “irrelevante” e bate na tecla que “o twitter pode ser usado para o bem”, em referência ao desentendimento.
Tranquilo, este é o discurso de Fiuk. “Tudo o que importa é vocês serem felizes, não importa fazendo o que”, diz a todo momento, entre canções como “Só Você”, “Quem eu Sou”, “Linda, tão Linda” e “Diga que Me Quer”. Ele tira a blusa, toca bateria, guitarra e teclado, é agarrado por uma fã que pula no palco, tira outra para dançar, brinca o tempo todo, tudo ao som de gritos histéricos. A maioria dos pais aprova. “Acho ele um menino família, positivo”, diz o técnico de informático Márcio Nunes, 41, que levou as duas filhas para o show. Em um jogo que já começou ganho, Fiuk parece vencer de goleada.

Fiuk comanda o show e brinca com as fãs o tempo todo, em sintonia
Futuro
Esta é a turnê mais longa do Hori pelo Brasil e passará ainda por mais 30 cidades até o início de 2011, ainda com o disco “Hori”, relançado este ano. O que vem depois? Fiuk faz mistério. “Dei uma mudada radical. Até para o meu próximo trabalho, que eu vou fazer, já dei uma repaginada”. Qual será o projeto ele não revela. “Não posso, senão levo esporro”. Além de planos para uma carreira solo, mais intimista, Fiuk estaria cotado para a novela “Insensato Coração”, de Aguinaldo Silva, como par romântico de Nathalia Dill, atriz que também estreou em “Malhação”. Um especial de final de ano com o pai, o cantor Fábio Jr., também estaria engatilhado. "Não posso falar", insiste.
O visual novo, de cabelos cortados e com roupas mais retrô, é aprovado pela maioria das fãs. “Dá para ver mais o rosto dele”, diz Catarina Garcia, 13 anos. Fiuk confessa não entender de moda, “mas gosto de me vestir bem”. O ator lançou recentemente uma linha de roupas, ainda ao estilo antigo. “Eu usava muito colorido. A gente vive de fase. Eu agora tô em outra fase. Vivi até o último segundo (aquela fase), mas a próxima coleção será diferente”, promete. Resta às ansiosas fãs aguardar.
.jpg)
Fãs levam cartazes e gritam o tempo todo para mostrar carinho pela banda
0 comentários:
Postar um comentário