terça-feira, 8 de junho de 2010

Para delírio de 1.500 fãs, a banda Hori tocou o repertório do primeiro CD


Um pouco antes do início do show da Hori, na noite de sábado, na Asbac, o estudante do ensino médio Maurício Duarte, do alto dos seus 15 anos, decretou: "Essa banda é modinha". Em seguida emendou: "Só vim ao show por causa da minha namorada, que é fá do Fiuk". Não apenas a garota (cujo nome não foi revelado), mas todas as adolescentes, na faixa dos 13 aos 17 anos - maioria absoluta entre os 1.500 presentes à area de eventos do clube do Banco Central -, estavam ali para tietar fortemente o novo fenômeno teen de música brasileira.


O ídolo Fiuk transmitia mensagens durante o show: "Temos que valorizar mais as mulheres"
O show começou às 22h, mas, duas horas antes, as meninas já formavam uma longa fila na tentativa de chegar ao improvisado camarim, onde Fiuk e os companheiros de grupo, Max Klein (guitarra), Xande (bateria), Fê Campos (baixo) e Renan (guitarra e teclado) participaram de uma rápida entrevista coletiva, na qual o vocalista foi o centro das atenções. Nervosas, elas queriam porque queriam se aproximar do ídolo, mas só as que portavam pulseira prateada conseguiram. Aliás, conseguiram bem mais: trocaram beijinhos e fizeram foto abraçadas ao objeto de desejo.

A excitação das fãs já era notada na apresentação das boy bands brasilienses Off Beat e Imaginária, que abriram o show da Hori. Quando Fiuk e companhia surgiram no palco, o que se viu e ouviu foi uma reação ensandecida do público, à base de gritos estridentes e declaração de amor aos jovens músicos. Nessa manifestação, chamavam atenção as integrantes do fã-clube Eu amo Hori. "Somos bem umas 200", calculava, eufórica, a presidenta Bianca Amorim.

Performance
Uma euforia que ganhou proporção desmedida quando, ao abrir o show, Fiuk começou a cantar Quem eu sou, o primeiro hit da banda. Com uma voz que ainda soa juvenil (ele tem 19 anos), o vocalista exibiu convincente performance cênica, movimentando-se no palco o tempo todo. Na retaguarda, os músicos - demonstrando boa formação como instrumentistas - dão o necessário suporte para o astro brilhar.

Fiuk, possivelmente, consciente da condição de ídolo, habituou-se a, durante as apresentações, passar mensagens para os admiradores. Antes de interpretar Segredo, outro sucesso da Hori, dirigindo-se à ala masculina da plateia, pediu que levantassem os braços e falou: "Temos que valorizar mais as mulheres. Peço isso a vocês". Imediatamente um coro de centenas de vozes femininas se formou no conhecido e gasto refrão: "Lindo, tesão, bonito e gostosão". Sem cerimônia e pudor, ele devolveu o elogio: "Gostosas são vocês!".

Em pouco mais de uma hora de show, a Hori passeou pelo repertório do único álbum, lançado em 2009, causando frisson com músicas como Medo, sonhos e coragem, 23 de novembro, Felicidade, paz e harmonia, Verdade e Ela. Nas duas últimas, Fiuk atacou de baterista e tecladista, respectivamernte. Do set list fizeram parte, também, versões da banda para I gotta feeling (Black Eyed Peas), com direito à citação de Faroeste caboclo, da Legião Urbana; e o reggae I'm yours (Jason Mraz).

O show chegou ao fim em clima de total vibração, com Só você (Vinicius Cantuária), um dos maiores sucessos de Fábio Jr. (pai de Fiuk), cantada por, praticamente, todo o público, que despediu-se da Hori ao som da romântica Linda, tão linda. Sempre galante, Fiuk mandou: "Vocês são as pessoas mais importantes da minha vida". Obviamente, todas aquelas meninas sonhadoras acreditaram.

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